segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Projeto Guarapiranga Sustentável


A Bacia da Guarapiranga é um manancial de extrema importância para o Estado de São Paulo. É uma região prioritária para a Conservação da Biodiversidade e abrange os municípios de Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, São Paulo, São Lourenço da Serra e Juquitiba. A Bacia drena uma área de quase 64 mil ha e garante o abastecimento de água para aproximadamente 4 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Possui uma área agrícola de 6.500 ha, com cerca de 500 agricultores, quase todos familiares, segundo dados do LUPA (LUPA 2007/2008).

Sua conservação é fundamental para garantir a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável da região.

Nos últimos anos a região vem sofrendo sérios impactos da expansão urbana desordenada e existem fortes evidências de que a atividade agrícola tem sido praticada sem os cuidados necessários e sem assistência técnica efetiva. O projeto “Guarapiranga Sustentável” prevê ações que promovem a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, o fortalecimento de canais especializados de comercialização de produtos e conseqüentemente a valorização dos produtores agroecológicos na região.

Para sua realização, a Secretaria de Meio Ambiente já estabeleceu parcerias com SAA - Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento; SVMA - Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente; Prefeitura de São Paulo (Supervisão de Abastecimento) e de Embu das Artes. Também participam desta iniciativa o Centro de Pesquisas Mokiti Okada, AAO e Instituto Kairós.

As Redes de Agroecologia são formas de interação entre os diversos componentes da cadeia produtiva, permitindo trocas de informações, experiências e integração. Para a sua consolidação são necessárias ações integradas entre os diferentes componentes, como os agricultores, produtores de insumos, ensino, pesquisa, extensão, logística de comercialização e consumidores finais. O incremento de atividades comerciais, portanto, não é um objetivo final, mas se constitui como um dos resultados desta maior integração entre os diversos segmentos participantes da Rede.

O Portal é o espaço da Rede de Agroecologia da Guarapiranga na internet: www.sigam.ambiente.sp.gov.br/agroecologia

Contém informações sobre a Rede, seus parceiros e seus membros; o acesso a bancos de tecnologias agroecológicas e conteúdos sobre o Projeto “Guarapiranga Sustentável”. É um espaço dos membros, parceiros e de todos que procuram informações sobre agroecologia e atividades que estão sendo desenvolvidas em prol da Agricultura Sustentável na região.

Para participar, ou obter mais informações, você pode enviar mensagem para redeagroecologia@ambiente.sp.gov.br ou visitar o Portal pelo link www.sigam.ambiente.sp.gov.br/agroecologia

Uma das responsáveis pela iniciativa é a engenheira agrônoma Araci Kamiyama.

Fonte: Planeta Orgânico

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Parque Guarapiranga comemora 35 anos


O parque Guarapiranga comemora 35 anos neste domingo (27/09) com diversas atrações para seus freqüentadores. O evento conta com o apoio da organização Sociedade Ativa por um Planeta Vivo, por intermédio do projeto Virada Ambiental, que promove atividades lúdicas de conscientização ambiental em áreas de mananciais.

A programação inclui shows musicais, exposição de artesanato, apresentação de teatro, oficinas de reciclagem com técnicas de origami e reutilização de garrafas plásticas.

Faz parte também das atividades a doação, no local, de mudas de árvores para qualquer pessoa que deseje participar da Campanha de Arborização Permanente da Cidade, desenvolvida pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que incentiva o paulistano a plantar e cuidar de suas árvores. Ao receber a muda, a pessoa obterá ainda orientação técnica e levará para casa uma cartilha simplificada com informações sobre plantio e manutenção.

No fim de semana seguinte, dia 3 de outubro, a atração será o projeto Teatro nos Parques com o grupo Abacirco, que apresentará Acuda Benedito. O espetáculo de linguagem tradicional do mamulengo mescla técnicas circenses e outras formas animadas numa saborosa invenção de tipos e bonecos que recriam a crônica do mundo globalizado, aliando tradição e contemporaneidade.

Localizado na Zona Sul de São Paulo, o parque Guarapiranga conta com uma infra-estrutura de quiosques, campos de futebol society, pista de cooper, trilha, quadras poliesportivas, playgrounds, churrasqueiras, palco e praia formada pela represa Guarapiranga.

A fauna é composta por aves como garças brancas, corujas, gaviões, sanhaços, sabiás, bem-te-vis, cambacicas, pequenos répteis como lagartos e boipeva, além de gambás. Parte significativa da área do parque é ocupada por um eucaliptal antigo, remanescente de reflorestamento anterior à criação do parque, entremeado por pequenos bosques de plantas tópicas da Mata Atlântica introduzidas posteriormente pelo projeto paisagístico.

Confira a programação:

27/09 (domingo)

13h - Show da Banda Preto Soul
Virada Ambiental – atividades lúdicas de conscientização ambiental em áreas de mananciais
14h - Oficina de Reciclagem com técnicas de origami e reutilização de garrafa pet
15h - Apresentação teatral do grupo Catraca Urbana com a peça O Catador de Papel
16h - Show da Banda Amálgamas
Exposição de Artesanato (Centro de Convivência e Cooperativa – Cecco)
Doação de Mudas de Árvores
Programa de Arborização Urbana
Campanha de incentivo à arborização permanente, pela qual os munícipes interessados podem obter uma muda e receber as orientações necessárias para plantio e cuidados.
(levar a cópia do comprovante de residência e RG)

03/10 (sábado)

15h – Teatro nos Parques
Abacirco – “Acuda Benedito”
A linguagem tradicional do mamulengo mescla-se de técnicas circenses e outras formas animadas numa saborosa invenção de tipos e bonecos que recriam a crônica do mundo globalizado, aliando tradição e contemporaneidade.

Serviço
Aniversário de 35 anos do Parque Guarapiranga
Datas: 27/09 e 03/10
Local: estrada Guarapiranga, 575
Informações: 11- 3396-3076/3396-3078

Fonte: Prefeitura de São Paulo e Sampaonline

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Algas na Guarapiranga na mira da Sabesp

 

A proliferação de algas na Represa de Guarapiranga, principal manancial que abastece a capital, que deixa parte da água tratada com gosto e odor estranhos, será alvo de ação da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). A companhia fechou uma parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e promete, daqui a um ano, implementar um inédito sistema de monitoramento para o controle da praga na represa.

A parceria, explica o superintendente de produção de água da empresa, Hélio Luiz Castro, prevê entre outros pontos a criação de um programa de computador para monitorar a presença das algas - invisíveis a olho nu. O software será alimentado, em tempo real, por sensores e boias que medirão a presença dos organismos na água e os locais onde isso ocorre. Um método matemático, que levará em conta a incidência de luz solar e temperatura da represa, vai indicar quais trechos da Guarapiranga tendem a ter mais algas.

A partir daí, segundo Castro, a Sabesp deve desenvolver medidas preventivas, como a diminuição do lançamento de esgotos e a intensificação da coleta de lixo na represa, além da aplicação de algicidas para matar os organismos, que se alimentam principalmente de dejetos.

"Isso não vai afetar a qualidade da água", garante. Hoje, o tratamento da água captada na Guarapiranga não consegue remover as sensações de gosto de terra e o odor de mofo causadas pelas algas, apesar de a Sabesp garantir que isso não causa riscos à saúde.

A empresa vai investir R$ 1,15 milhão na parceria com a universidade. Os estudos ficarão prontos dentro de um ano porque é necessária, segundo a Sabesp, a análise das chuvas e do sol na represa ao longo de todo o período.

Poluição

A presença de lixo nas águas é um dos principais problemas da Represa de Guarapiranga, que tem uma extensão total equivalente a 2.600 campos de futebol. No início deste ano, em fevereiro, os funcionários da Sabesp chegaram a retirar 1.000 sacos de lixo em um único mês da represa.

Para combater o problema com mais eficiência, o governo estadual investiu na compra de dois barcos 'cata-bagulho' para a represa, que aumentaram a capacidade de coleta. O lixo é trazido pelos cinco afluentes da Guarapiranga.

Fonte: SP Notícias

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Publicações sobre Mananciais de São Paulo serão lançadas nesta quinta (20/8)

O Instituto Socioambiental desenvolveu três componentes do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: construindo políticas públicas integradas na cidade de São Paulo, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. Daí resultaram cinco livros sobre os temas mananciais, biodiversidade, habitação, parques urbanos e serviços ambientais. Estes e outros relativos ao mesmo projeto do Pnuma serão distribuídos ao público durante o lançamento, nesta quinta (20/8), no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.

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Mananciais, biodiversidade, parques urbanos, habitação e serviços ambientais são os temas das cinco publicações cujo conteúdo foi desenvolvido pela equipe do Programa Mananciais do ISA no primeiro semestre de 2008, resultado de parceria entre a instituição e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. Foram três metas desenvolvidas pelo Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: um diagnóstico e proposta de diretrizes para uma política para a área de mananciais em São Paulo; um banco de dados de coleta e publicação sobre biodiversidade no município; um projeto de diretrizes para um modelo de gestão dos parques urbanos municipais, juntamente com administradores de parques urbanos.

As publicações Mananciais: uma nova realidade, Mananciais: diagnóstico e políticas habitacionais, Além do Concreto: contribuições para a proteção da biodiversidade paulistana, Parques urbanos municipais de São Paulo, Serviços Ambientais: conhecer, valorizar e cuidar, pretendem promover o debate sobre os temas em questão de forma a contribuir para reverter o quadro de degradação ambiental dos mananciais de São Paulo, e incentivar a proteção e uso sustentável dos recursos naturais remanescentes do munícipio de São Paulo.

O ISA e os Mananciais de São Paulo

O trabalho do ISA com mananciais teve início em 1996 e até 2008 produziu diagnósticos socioambientais participativos das bacias Billings, Guarapiranga e Sistema Cantareira, propondo ações como as que resultaram dos seminários Guarapiranga 2006 e Billings 2002. Em novembro de 2007, o ISA lançou a Campanha De Olho nos Mananciais que tem como objetivo alertar a população da Grande São Paulo sobre a situação de suas fontes de água e mobilizar para o uso racional deste recurso. Infelizmente o programa teve de ser encerrado em função de dificuldades na obtenção de recursos para a sua continuidade. Dessa forma, as ações da Campanha De Olho nos Mananciais estão sendo gradualmente transferidas para os parceiros do ISA bem como a gestão do site e das ferramentas interativas de que ele dispõe. (www.mananciais.org.br).

Serviço: lançamento das publicações
Quando: 20/08/2009, quinta-feira, 14h
Onde: Sesc Vila Mariana, Rua Pelotas, 141, São Paulo –SP

Fonte: ISA

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Guarapiranga – Praia Paulistana

 

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A represa de Guarapiranga, na Zona Sul da cidade de São Paulo, é onde os ritmos da natureza e da cidade acelerada se cruzam. Não importa a condição do tempo ou a estação do ano, para quem quer curtir as forças naturais em cima de uma prancha esse energético lugar tem à disposição um eclético cardápio de boardsports: Kitesurf, wakeboard, stand-up paddle, windsurf, lazer, água ou curtição. Qual a sua pedida?

TURNO ROTATIVO

São 7h30 da manhã de uma quarta-feira cinzenta de inverno. Acordo e olho pela janela do apartamento. A luz ainda é fraca e qualquer cidadão comum voltaria para a cama, que ainda está quentinha. Vejo as árvores sacudindo com o vento e a chuva lateral, e imediatamente esqueço o frio paulistano. Hoje é dia de windsurf na represa de Guarapiranga.

A espera pela previsão valeu a pena. A frente fria chegou soprando um storm de 20 nós e, em diferentes lugares da cidade, advogados, empresários, médicos e outros profissionais vão acordar e tomar seu cafés-da-manhã felizes da vida. Antes de sair para o trabalho, vão pegar seus wetsuits… Na hora do almoço, vão escapar das obrigações para encarar a água gelada e vestir seus personagens preferidos: esportistas.

Essa é a rotina de alguns paulistanos, como eu, que tem na Guarapiranga mais do que o principal reservatório de água potável da cidade. Esse lago com 84 km de margens e 26 km2 de área à beira da metrópole entrou na minha história nos idos de 1980, quando eu ainda criança. Aprendi a velejar nos barquinhos-escola, influenciado pelo meu pai. De lá pra cá me tornei surfista, viajei, descobri o windsurf, e a nossa relação também mudou.

Nas últimas décadas da sua existência, com a zona urbana definitivamente chegando, a Guarapiranga evoluiu para ser uma verdadeira quadra poliesportiva da cidade para os boardsports. Primeiro, o esqui e o windsurf, que emplacaram nas décadas de 1970 e 1980. Depois, as versões repaginadas com o wakeboard e a febre do kitesurf. Agora, a nova febre, o stand-up paddle.

Hoje a Guarapiranga faz parte da vida de milhares de pessoas que frequentam os clubes, escolas de esportes náuticos, parques, reservas ecológicas e marinas. É o playground dos boardsports de São Paulo.

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GUARAPIRANGA

Há dois acessos principais à represa. Pela Av. Robert Kennedy, no bairro de Interlagos, chega-se à face leste, mais urbanizada e habitada, onde há diversos clubes e lojas à beira d’água, como a Team Brazil e a Pêra Náutica. A face que eu mais gosto fica na margem oeste, acessível pela apertada Estrada da Riviera, por onde se chega a uma península que avança sobre a Guarapiranga, de ocupação residencial, condomínios fechados e mata preservada, chamada Riviera Paulista. Lá fica o Tempo Wind Clube, uma boa mistura de clube de campo para a família e plataforma de lançamento para boardsports. Enfim, qualquer que seja o acesso, nas águas da Guarapiranga convivem esportes que preservam algo em comum além do formato prancha. Todos os que entram na água buscam ali um contato intenso com a natureza.

Depois da minha infância dentro de veleiros, voltei à Guarapiranga já adulto. Era um fugitivo habitual da cidade durante os finais de semana, que, como outros milhares de surfistas, vivia uma relação complicada com São Paulo. Não dá para trabalhar direito na praia, e não dá para viver plenamente na cidade. Redescobrir a represa me fez ver que São Paulo não era só sinônimo de concreto. E mais, descobri que dava para ser feliz em cima de uma prancha sem ter que descer a serra.

As paisagens verdes e o ‘clima de praia’ da Guarapiranga também atraem cada vez mais surfistas. Eles aderem à água doce porque veem na represa um lugar para praticar um segundo esporte de prancha, ou um curinga para dias de condição menos favorecida no litoral. Hoje a represa é ponto de encontro de esportes aquáticos, e favorece o crossover entre eles. É o lugar onde se aprende que fazer um segundo esporte de prancha ajuda na evolução do primeiro, que no meu caso é o surf.

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PERSONAGENS

O publicitário Marcelo Faro passou sua adolescência flertando entre pranchas. Quando mudou de Vitória (ES) para São Paulo, somou o windsurf ao seu repertório. “A base do skate e a base do surf são praticamente as mesmas, o que em resumo significa equilíbrio. Isso facilitou o primeiro contato com o windsurf. Minha namorada estava começando a ter aulas de wind e me levou um dia… Bastou o primeiro velejo para eu me apaixonar pelo esporte. Você chega à Guarapiranga e se belisca e agradece por aquilo ser real. Porque é um privilégio viver perto de um lugar tão bonito e mágico. Além da ligação com o esporte, vou até lá só para curtir o visual e olhar o pôr-do-sol.”

Outro personagem frequente nas águas da Guarapiranga é o representante comercial e free-surfer Ricardo Kairalla, que apurou o seu big surf e o manejo em pranchas acima de 10’. “Pegar onda realmente é o meu esporte predileto, e sempre que há condições estou no mar. Mas o wind é um complemento muito grande. Depois que comecei a velejar, voltei a outras temporadas no Havaí pegando ondas ainda maiores. Em Waimea senti que minha intimidade com as guns (pranchas grandes) tinha melhorado muito. Sabe aquela hora no drop em que parece que ela vai decolar? Ficou muito mais familiar porque essa é a essência do wind, e vice-versa.”

Pode-se dizer que hoje o kitesurf é a principal porta de entrada aos boardsports no maior pólo de esporte movido a vento em São Paulo. Quem diz isso é o empresário Ricardo Munhoz, sócio do Tempo Wind Clube, o único localizado na preservada margem do bairro da Riviera. “O kite está no auge do seu crescimento no Brasil. E aqui a demanda por cursos tem sido cada vez maior. A represa é especialmente favorável pra quem quer se iniciar no kite, por causa das condições mais controladas. Quem veleja está sempre perto das margens, e por isso também os zodiacs estão sempre próximos e em prontidão pra lançar a pipa e acompanhar.”

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BATE-VOLTA SEM SAIR DA CIDADE

Estar perto da natureza, no coração da maior metrópole da América do Sul, pode parecer uma contradição, mas é exatamente essa proximidade – a Guarapiranga está a 20 minutos de carro do centro financeiro da cidade – que faz com que ela seja considerada um refúgio. O lugar é uma pílula de alívio rápido contra as tensões da cidade. Criei um ritual de escapadas estratégicas do trabalho no horário do almoço pra velejar de wind nos dias de bons ventos. Para o bem do resto da cidade, quem anda de carro na Av. Robert Kennedy (que dá vista às margens da lagoa) pode curtir a paisagem das pipas e velas cruzando o céu azul-anil e a água verde-escura em pleno break de expediente.

Sandro Nascimento é corretor de imóveis e se transforma em kitesurfista nas horas de vento. “Estar no escritório e ver o vento significa velejar no fim de tarde. A sensação do kite é alucinante, é perfeito pra quebrar a agitação do dia.” As melhores condições acontecem no inverno e na primavera, quando entram as frentes frias. “Todo mês rola velejo, mas no verão normalmente o vento é mais rajado, irregular e difícil. Já quando entra sudoeste é show, vento mais limpo e forte.”

Alguns deixaram de lado o bate-volta e decidiram adotar definitivamente a Guarapiranga como lar. Outros já estão transformando a casa de final de semana em moradia fixa. É o caso do Marcos Castello, sócio do clube Team Brazil, que decidiu alugar o apartamento de São Paulo e mudar-se de vez para a casa que tinha na Riviera, onde mantém velas e pipas. “Estou a um pé da cidade sem sair do paraíso. É o bom do isolamento somado ao bom da proximidade. Quem tem o privilégio de acordar, brincar com os cachorros e sair pra velejar do próprio quintal de casa? É algo raro.”

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RITMO NONSTOP

São Paulo é famosa pelo seu ritmo intenso, ligada 24 horas por dia. E eu reparo como a cidade empresta essa característica de um jeito interessante para o seu principal manancial. Na represa não há tempo ruim, nem ociosidade, ela vive um constante entra e sai de turnos favoráveis a cada esporte. Quando tá choppy, bom pros kites e winds; quando tá glassy, para as lanchas e seus wakes, ou para o rolê de stand-up.

Ficar de olho na previsão do tempo é essencial, na opinião do wakeboarder profissional Marreco, atleta medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, que treina regularmente e mantém uma escola na represa. “Agora no outono é o melhor tempo para o wake, quando a água fica mais lisa e ainda tem sol. Mas ficar atento à previsão é o que te permite estar na água todos os dias, pois até num dia de vento você pode achar horários e cantos da represa onde as características estão próprias ao wake. Comecei a andar de wake na Guarapiranga, e hoje tenho a minha vida aqui. Eu moro na represa, onde há sempre uma raia lisa para praticar. O wake brasileiro nasceu aqui, e os maiores talentos do esporte também.

Outro esporte que aproveita as águas calmas na represa é o stand-up paddle. Esse ‘irmão mais novo’ dos esportes de prancha está começando e se desenvolver como uma disciplina autônoma do surf, inclusive com equipamentos dedicados ao cruising, modalidade de remo na flat water por distâncias maiores, em pranchas estáveis e que rendem mais velocidade. Ricardo Munhoz, do Tempo, conta que o stand-up paddle está começando, mas que a curiosidade é enorme. “No início o SUP não demanda muita técnica, exige mais equilíbrio e parte física. É um dos motivos para ter muita gente procurando esse esporte, que na Guarapiranga está totalmente descolado do surf. Os velejadores estão comprando essas pranchas para a família ou para curtir os dias de pouco vento, para bons passeios à base de remo. Apesar de estar cercada pela cidade, a Guarapiranga ainda possui lugares pouco frequentados e muito preservados, que convidam à exploração com uma prancha de remada.”

Fonte: Praia Paulistana
Matéria publicada na Revista da Tent Beach Inverno/09. Fotos de Alê Barros.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Balanço Social


Prezados,

Quem tiver oportunidade,  assistam nesta quinta-feira às 19:30hrs na Tv Cultura, o programa Balanço Social, onde um dos temas será o projeto realizado na Escola Estadual Paulino Nunes Esposo (reprise sábados às 8 horas da manhã).

O projeto é relevante, inédito e necessário para a formação de crianças e adolescentes, principalmente na nossa região de mananciais.

http://www.tvcultura.com.br/balancosocial/


Fonte: Silvano - Projeto Mais Verde

www.projetomaisverde.xpg.com.br

Quanto custa conservar mananciais?

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Quanto custaria para produzir e tratar água artificialmente, caso não houvesse áreas naturais que fizessem isso? A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza desenvolveu uma metodologia inovadora para fazer esse cálculo e chegou à conclusão que um hectare bem conservado de área natural de remanescente de Mata Atlântica, na região da bacia da Guarapiranga, na Grande São Paulo, pode valer até R$ 370,00 por ano, apenas pela sua capacidade de produção e manutenção da qualidade de água.

Como nem todas as áreas naturais nessa bacia estão completamente conservadas, também foi desenvolvido um modelo matemático, que resulta no Índice de Valoração de Mananciais (IVM), para valorar a integridade dos remanescentes florestais e sua capacidade de contribuir para a proteção dos mananciais.

Atualmente, a metodologia é aplicada no Projeto Oásis, que premia financeiramente proprietários particulares de áreas naturais localizadas na região da bacia do Guarapiranga. O objetivo do projeto é preservar a integridade de áreas de mananciais da região e, consequentemente, contribuir para a manutenção da qualidade da água que abastece cerca de quatro milhões de pessoas na Grande São Paulo.

“O diferencial desta iniciativa é premiar quem já preserva. Muitos outros projetos apoiam a recuperação do que já foi degradado. O foco do Projeto Oásis é a conservação de terras privadas, por meio de pagamento por serviços ecossistêmicos”, afirma a analista de projetos ambientais da Fundação O Boticário, Maísa Guapyassú.

Serviços ecossistêmicos são os benefícios gerados pelo funcionamento dos ecossistemas naturais, tendo valor indireto, porém imensurável. Além da produção de água doce, são exemplos a produção de oxigênio, a proteção do solo e a regulação do clima. O pagamento por serviços ecossistêmicos já foi usado com sucesso em outros países como forma de sustentação econômica para a conservação de áreas naturais. “No Brasil, o mecanismo do Projeto Oásis é inovador por se tratar de um mercado ambiental voluntário, que tem um arcabouço legal privado, que não se origina em nenhuma lei e não depende de recursos ou controle governamental”, ressalta a diretora executiva da Fundação O Boticário, Maria de Lourdes Nunes.

A metodologia do Projeto Oásis pode ser aplicada em qualquer região do país, respeitando as características das áreas naturais avaliadas. “O objetivo da Fundação O Boticário é que o modelo de pagamento por serviços ecossistêmico seja replicado em outras regiões do Brasil e que vire política pública, aumentando assim as ações em prol da conservação da natureza”, indica Maria de Lourdes.

A metodologia

Para o desenvolvimento a metodologia do Projeto Oásis, foi estimado um valor de referência para a premiação pelos serviços ecossistêmicos prestados pelas propriedades apoiadas pelo projeto. Foram considerados o controle de erosão, que recebeu o valor de R$ 75 ha/ano (hectares conservados por ano); a capacidade de produção e armazenamento de água, R$ 99 ha/ano; e manutenção da qualidade da água, R$ 196,00 ha/ano.

Esses preços são específicos para a região de abrangência do Projeto Oásis. “Mas, a forma de calculá-los pode ser replicada para outras regiões do país, bastando fazer as adaptações necessárias”, ressalta Maísa. O valor de manutenção da qualidade da água varia de acordo com a carga de poluição e das condições de tratamento da água de cada região; e o de produção e armazenamento, varia de acordo com o tipo e estrutura de vegetação. O controle de erosão tem valor fixo, pois é uma média nacional, baseada em estudos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo.

Somando-se os valores dos três serviços ecossistêmicos, obtém-se R$ 370, que é a quantia máxima que os proprietários participantes do Projeto Oásis podem receber anualmente por cada hectare de área natural conservada. Para que uma propriedade receba a premiação máxima, ela tem que estar integralmente conservada.

“Como isso dificilmente ocorre – pois sempre há alguma alteração, nem que seja mínima – a Fundação O Boticário desenvolveu o IVM, que é um fator de correção para o cálculo da premiação específica de cada propriedade”, explica Maísa. O Índice de Valoração de Mananciais funciona como uma nota que cada propriedade recebe de acordo com o seu grau conservação e varia de 0 a 1 (ou de 1 a 100%). Por exemplo, se uma propriedade tiver um IVM de 0,7, o valor pago para esta propriedade será: R$ 370 ha/ano multiplicado por 0,7, que é igual a R$ 259 ha/ano.

O cálculo do IVM é realizado com base em três indicadores: físico, de proteção e de ameaças, sendo que cada um deles recebeu um peso. Os indicadores físicos, de peso 1, avaliam o percentual da propriedade ocupado por Área de Preservação Permanente (APP), a densidade da rede hidrográfica e a densidade de nascentes; as ameaças, de peso 1, avaliam a destinação de esgoto e outros resíduos (como agroquímicos e lixo), a ocupação por terceiros e se a área tem vigilância; e nos indicadores de proteção, de peso 3, são considerados os percentuais de área natural preservada, de APP e nascentes efetivamente protegidas, e o estágio sucessional (a estrutura da floresta no local).

Segundo Maísa, a definição de peso 3 para os indicadores de proteção tem como objetivo valorizar a conservação das áreas naturais, pois a cobertura vegetal é fundamental para a manutenção do ciclo hidrológico. “As árvores interceptam a água da chuva, que chega lentamente ao solo e se infiltra até chegar aos lençóis subterrâneos, de onde alimenta nascentes, e a partir daí os cursos d’água. Ou seja, quanto mais preservada a área natural, maior a capacidade de retenção e armazenamento da água”, explica Maísa.

“Além do mais, a floresta nativa em pé captura e mantém um estoque de carbono, ameniza as temperaturas locais e abriga uma biodiversidade que não se consegue nem mensurar nem valorar. Também diversifica e valoriza a paisagem que, para muitas pessoas representa redução de estresse e a possibilidade de conexão com um mundo mais natural, abafado nas médias e grandes cidades”, complementa Maísa.

Projeto Oásis

O Projeto Oásis foi lançado no final de 2006 pela Fundação O Boticário. A área de atuação do projeto abrange a bacia de Guarapiranga e as Áreas de Proteção Ambiental Municipais Bororé-Colônia (integralmente) e Capivari-Monos (parcialmente), na Região Metropolitana de São Paulo.

O projeto tem hoje a participação de 12 propriedades particulares, cujas áreas naturais somam 617,9 hectares e abrigam 42,5 mil metros de rios e 75 nascentes. Os valores por ha/ano que estão sendo pagos a esses proprietários variam de R$ 347,18, para a propriedade de IVM mais alto (93,8%), a R$ 247,69, para propriedade que apresenta o menor IVM (66,9%).

“Sem um apoio financeiro, os proprietários acabam cedendo à pressão imobiliária e se desfazendo de suas áreas. Por isso, é importante que a conservação da natureza comece a ser vantajosa financeiramente. Ou seja, que aqueles que conservaram até agora por vontade própria, que cumpriram a legislação, sejam premiados por isso”, afirma Maísa.

O Projeto Oásis tem patrocínio da Mitsubishi Corporation Foundation for the Américas; apoio institucional da Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo e da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo; e a colaboração do escritório “Losso, Tomasetti & Leonardo Sociedade de Advogados Associados” e da Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (FABHAT).

(FUNDAÇÃO BOTICÁRIO)
Postado por PROFª. ROSÂNGELA 

Fonte: CiênciasAgora
Foto: Fernanda D’Addezio

quarta-feira, 22 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Região de Parelheiros, em São Paulo, abre as portas para o "ecoculturismo"

Quem diria... A Paulicéia não é só desvario. A antítese do caos, e o antídoto para o estresse, existem a menos de 50 mil metros da Praça da Sé. São as Áreas de Proteção Ambiental Capivari-Monos e Bororé-Colônia, localizadas na região de Parelheiros, que começam a ganhar estrutura para receber turistas.

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Na região de Parelheiros (SP), há mais de 30 cachoeiras que podem ser visitadas nas Áreas de Proteção Ambiental

Ambas compreendem território de 341 km², ou um quinto da capital paulista. Abrigam extensa área de mata atlântica, cachoeiras, aldeias indígenas e, acreditem se quiser, uma cratera de 35 milhões de anos feita por um meteorito.

A prefeitura de São Paulo quer estimular o ecoturismo na área e, junto com o Sebrae e outros parceiros, desenvolveu roteiros a serem percorridos neste belo rincão da metrópole. "Isso aqui é algo precioso que temos na cidade e que deve ser preservado", diz o subprefeito de Parelheiros, Carlos Roberto Fortner. Segundo ele, um turismo consciente e controlado ajudará a proteger a biodiversidade e os recursos hídricos locais.

Nada mais fundamental: nas APA's (como são chamadas as Áreas de Proteção Ambiental) encontram-se a bacia hidrográfica dos rios Capivari e Monos, e nascentes que alimentam as represas de Guarapiranga e Billings (responsáveis por 30% do abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo). Também sobrevive no local cerca de 70% da mata atlântica da cidade. Proteger tal patrimônio começa a ser encarado como questão de sobrevivência para paulistas e paulistanos.

Trilhas e Templos

De acordo com o monitor ambiental Erley Coradi, que guia passeios pela região, há mais de 30 cachoeiras - uma delas com 70 metros de altura - que podem ser visitadas nas APA's. As trilhas, por sua vez, têm diferentes perfis: vão desde o passeio até a Cachoeira do Sagui (caminhada de duas horas de duração) até a desafiadora descida a Itanhaém (trilha de 25 quilômetros de distância).

A diversidade étnica é outro dos atrativos do lugar. Há, na Capivari-Monos, duas aldeias indígenas guarani, que recebem visitantes em programas guiados. São vizinhas da primeira colônia de imigrantes do Estado de São Paulo, criada quando, em 1829, 94 famílias alemãs chegaram à região. Hoje, seus descendentes promovem importante evento cultural do município: o Colônia Fest, festival de dança e músicas típicas realizado na metade do ano.

A comunidade japonesa, tão integrada à vida paulistana, também marca presença neste lado da cidade. A filosofia oriental deu origem ao Solo Sagrado, uma área de 327 mil m² cheia de flores, lagos e pessoas praticando Johrei (técnica de purificação espiritual). A represa de Guarapiranga, com suas águas plácidas, completa a paisagem.

O Solo Sagrado pertence à Igreja Messiânica Mundial, instituição de inspiração xintoísta fundada no Japão em 1935. Seu objetivo é ser um "protótipo do paraíso terrestre", onde as pessoas podem entrar em contato com a natureza e se desenvolver espiritualmente.

Visitas guiadas
De acordo com Fortner, a intenção da prefeitura é que, neste primeiro estágio, as visitas às áreas de proteção sejam feitas com guias locais ou agências especializadas. "A região ainda não está pronta para o turismo autônomo", afirma o subprefeito. Locomover-se entre os diversos pontos de interesse das APA's, de fato, é difícil.

Os roteiros oferecidos por agências especializadas incluem visitas às aldeias indígenas, a cachoeiras e passeios de escuna. Também é possível dedicar-se a um turismo puramente cultural: lugares como a Capela de São Sebastião, construída na Ilha do Bororé em 1904, e a Sociedade de Cultura Afrobrasileira Asé-Ylê do Hozoouane, praticante do candomblé, estão abertos aos forasteiros. Para dormir, há uma série de pousadas e alguns campings disponíveis.

A Cratera da Colônia, por fim, é um dos destinos que não devem ser ignorados em uma turnê pela Capivari-Monos. Com 3,6 quilômetros de diâmetro, criados pelo choque de um meteorito há 35 milhões de anos, o enorme buraco abriga hoje um loteamento irregular com 45 mil pessoas. Há lá também construção feita pelo Estado: um presídio com mais de mil detentos. Um bom exemplo de como não deve ser tratado esse belíssimo recanto de São Paulo.

Maiores Informações: http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/07/15/ult4466u631.jhtm

Fonte: http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/07/15/ult4466u631.jhtm

terça-feira, 14 de julho de 2009

Legislação de proteção aos mananciais passa a valer em 90 dias

A Lei Específica da Billings contará com investimento de R$ 492 milhões para obras de saneamento e moradia nas áreas de manancial. De acordo com a nova legislação, as ações de regularização fundiária deverão ocorrer juntamente com o acesso à coleta de esgoto.

Estão previstos ainda outros R$ 708 milhões para a represa Guarapiranga, somando um total de R$ 1,2 bilhões de recursos para a implementação das leis específicas das duas represas. O município de São Bernardo foi o único do ABCD a destinar verba para a Billings, R$ 65 milhões. Do total de investimentos nas duas represas, R$ 440 milhões vêm do governo do Estado, R$ 446 milhões da Prefeitura de São Paulo, R$ 250 milhões do governo Federal e R$ 18 milhões da Prefeitura de Guarulhos, além da verba de São Bernardo.

A lei passa a valer na prática em 90 dias, quando o valor também começará a ser investido. O prazo para regularização seria de 180 dias, mas foi antecipado pelo governo do Estado. O governador José Serra (PSDB) sancionou nesta segunda-feira (13/07), em Rio Grande da Serra, o projeto de lei, aprovado no dia 04/06 pela Assembleia Legislativa.

Serra defendeu a lei das críticas dos ambientalistas, que apontam comprometimento apenas com a habitação. “Não é anistia. Se alguém tem uma casa que não prevê condições de impermeabilidade, por exemplo, o dono tem de oferecer contrapartida ambiental. Se for habitação de interesse social, é a Prefeitura que vai ter que dar. Toda regularização terá contrapartida”, disse o governador.

Durante a cerimônia, o secretário de Meio Ambiente do Estado, Xico Graziano, prometeu disponibilizar um posto de atendimento para dúvidas quanto a lei próximo na represa Billings e outro na Guarapiranga.

As Prefeituras têm três anos, após a regulamentação, para se adequarem às leis. Para o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), o prazo é difícil de ser cumprido. “Creio que dentro da demanda que há em São Bernardo, três anos não serão suficiente. Até porque, se fosse fácil, as áreas irregulares que não estão em manancial já teriam sido regularizadas”, afirmou. De acordo com a Secretaria de Habitação do município, cerca de 200 mil pessoas vivem em área de manancial. Foram detectados, até agora, 100 parcelamentos irregulares.

A punição para os municípios que não cumprirem a lei ainda não está clara, e pode ser definida após a regulamentação. “Ele (o município que não cumprir o prazo) vai ficar irregular. É uma situação ruim para o município, pois perde regalias e espaço, já que um prefeito faz e outro não. Quem tem mais interesse em regularização, é o dono da casa irregular, que não pode usar para crédito, vender ou deixar como herança. Vai haver pressão nessa questão”, afirmou.

Fonte: ABCD MAIOR - 13/07/2009 - MEIO AMBIENTE

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Projeto Mais Verde na Guarapiranga


O Projeto Mais Verde foi criado por dois moradores da região do Parque Terceiro Lago, na orla da Guarapiranga, que estavam preocupados com a acentuada degradação ambiental do entorno.

Este projeto visa recompor os 30 mil m2 de orla da represa Guarapiranga, a área verde existente com 20 mil m2, exclusivamente com espécies nativas da Mata atlântica.

Eles atuam desde a colheita e identificação das sementes, passando pela germinação, produção, aclimatação e plantio. Este, é realizado em mutirões com a comunidade, escolas, grupos e entidades.

Embora as atividades sejam realizadas por pura ideologia e voluntarismo, sem recurso financeiro algum, os resultados alcançados são muito positivos, ganhando respeito de órgãos públicos, ONGs e da sociedade, não só de São Paulo, mas de diversas partes do Brasil.

Entre os resultados alcançados ressalta-se a redução das queimadas que eram constantes assim como esgoto clandestino, caça à animais silvestres, disseminação de espécies exóticas entre outros crimes ambientais.

PRODUÇÃO DE MUDAS

Uma das maiores dificuldades encontradas, era a baixa diversidade de espécies doadas pelos órgãos públicos para ações de compensação. Por isso, o próprio projeto passou  a identificar e produzir mudas, garantindo assim diversidade, qualidade genética e uma certeza de identificação correta. Atualmente são produzidas mais de 150 espécies de árvores da Mata Atlântica.

ALGUNS DOS DESAFIOS ENCONTRADOS:

DESCASO DO PODER PÚBLICO -
Embora as ações se dêem em áreas públicas, e tendo sido concedidas as concessões necessárias para a realização do projeto de recuperação, ainda existe um grande descaso das autoridades ambientais. As ações do projeto jamais foram fiscalizadas por algum órgão para saber o que está sendo plantando, ou se certificar da diversidade necessária para a recomposição, das características ciliares das espécies plantadas nas margens da represa, ou simplesmente, se o projeto está precisando de algum auxílio.

DIFICULDADE DE PLANTIO e MANUTENÇAO - O plantio é o mais oneroso de todo o processo. Limpeza da área, abertura de covas, correção do solo, estacas e identificação. Os voluntários são sempre poucos e a velocidade dos plantios é extremamente lenta.

Contudo, mesmo com todas as dificuldades, já foram produzidas  mais de 5 mil mudas. E mais de 2.500 mudas foram plantadas.

Para maiores informações sobre os projetos realizados e agenda sobre os plantios comunitários acessem o site:
http://www.projetomaisverde.xpg.com.br/crbst_0.html

Fonte: Silvano - Projeto Mais Verde

terça-feira, 23 de junho de 2009

Suzuki Veículos no Circuito Paulista de Wakeboard

A Suzuki Veículos é nova patrocinadora do Circuito Paulista de Wakeboard, que teve início no mês passado no Clube de Campo de São Paulo, na represa Guarapiranga.  Presente no mercado nacional desde outubro de 2008, a empresa encontrou no Circuito o espírito jovem, moderno e descolado que define sua própria marca. O evento tem três etapas, sendo a última em novembro, e reúne todos os anos os maiores atletas do País, como Marcelo Giardi, o Marreco, e Luciano Rondi Neto, o Deco, que neste ano também participarão do Mundial em Nova Lima, Minas Gerais.

Fonte: GWA Comunicação Integrada

quarta-feira, 10 de junho de 2009

“A água é fonte de vida e a Guarapiranga é fonte de água” – a gente abraça quando a gente gosta.


Aconteceu domingo dia 7 a quarta edição do Abraço Guarapiranga. O abraço simboliza o amor que temos por este manancial e a luta por sua preservação.

A represa de Guarapiranga sofre com a ocupação desordenada e com os esgotos que são jogados livremente nela. Por conta disso a água recebe um forte tratamento químico para que possa ser consumida por milhões de pessoas na Grande São Paulo tornando-se uma das águas de abastecimento mais caras.

A idéia de levar saneamento e infra-estrutura para pessoas que moram nessas regiões e impedir a expansão da cidade nas áreas de preservação ambiental fez surgir a campanha “De olho nos Mananciais” que foi lançada no primeiro Abraço através de ONGs. Dentre as organizações, o ISA (Instituto Sócio Ambiental) dá seu último abraço e se despede este ano encerrando suas atividades com os mananciais de São Paulo depois de 10 anos de trabalho, decorrente da falta de recursos financeiros para a continuidade dessas ações segundo Marussia Whately.

Em 2008, o Abraço apesar de tímido levou alegria e cultura para quem esteve presente. Shows com artistas locais, tendas de educação ambiental além de uma expedição fotográfica marcaram a campanha da qual gerou o maior acervo fotográfico já produzido sobre os mananciais de São Paulo. Deste acervo fotográfico seria publicado um livro em homenagem à cidade de São Paulo e que estaria disponível no dia 25 de janeiro de 2009. Porém ele ainda é só promessa. Num mundo de crises econômicas a preocupação com o meio ambiente fica um pouco para trás e mais uma vez, perdemos com a falta de recursos.

Segundo o Estúdio Madalena e o ISA que coordenaram a Expedição Fotográfica de Olho nos Mananciais, “apesar do grande êxito dessa iniciativa, no final de 2008, o apoio a esta etapa do projeto pelo Programa Petrobras Ambiental foi suspenso em função de revisão de custos da empresa, o que inviabilizou o cumprimento do cronograma divulgado para todos os participantes. Estamos em busca de novos apoios para realizar esta etapa do projeto, de forma a realizar a exposição e produzir o livro em 2009, com previsão de lançamento para junho.”

velório das águas ou promessa de um futuro melhor
Velório das águas ou promessa de um futuro melhor?

Em 2009 apenas a população do entorno da represa compareceu visto que a divulgação de tal evento esteve somente numa faixa amarrada nas grades da barragem. Pelo menos neste ponto do abraço, as atividades culturais previstas não aconteceram mas a população presente fez bonito e mostrou a que vieram, exercendo a cidadania e pressionando o Poder Público por investimentos em ações de recuperação e preservação do manancial e analisando o que vem sendo realizado.

juntos pela Guarapiranga
Juntos pela Guarapiranga

A reversão do quadro de degradação da represa, não é uma tarefa de fácil ou rápida solução. Para tanto, é necessário o envolvimento permanente de diferentes segmentos do governo e da sociedade em ações integradas e efetivas, que valorizem e protejam a produção de água para abastecimento público. Neste processo, cada setor social tem sua respectiva parcela de responsabilidade. O papel do cidadão, consumidor de água, passa por usar o recurso de forma racional e pressionar o Poder Público para que assuma responsabilidades.

tratamento com a água Tratamento que a Água recebe!

Uma Represa que abastece milhões de pessoas espera num evento importante como esse apensas protestos de alguns poucos moradores da região!

Não são só esses moradores os culpados pela falta de consciência ambiental e desperdício desta água, não são só eles que se beneficiam do seu abastecimento mas sim todos nós.

Foram poucos os presentes mas todos fizeram sua parte, exigindo mudanças para garantir a preservação das fontes de água pra população de toda a Grande São Paulo.

A guarda ambiental que segundo informado pela prefeitura conseguiu evitar o crescimento de novos lotes de habitação às margens da Guarapiranga, também foi dar seu apoio à Represa.

Guarda Ambiental no abraço Guarapiranga Guarda Ambiental no Abraço simbólico à Represa Guarapiranga

Compromisso e cidadania na luta em defesa de um dos principais mananciais de São Paulo (moradores, guarda ambiental, velejadores e esportistas juntos nesta ação)

Aliança entre Guarapiranga e Billings simbolizada no plantio.

Neste Abraço foi criada uma nova ação denominada “Rede Mananciais de São Paulo”: Billings, Guarapiranga e Cantareira na defesa das águas de São Paulo.

A represa precisa de cuidados, parceiros, divulgação, educação da população e mais “abraços” como esse.

 

Foto, Vídeo e Edição: Fernanda D’Addezio

terça-feira, 2 de junho de 2009

Sol e vento forte marcaram o final de semana na Guarapa

Rajadas de 25 nós aproximadamente trouxeram à Represa Guarapiranga este final de semana os atletas de plantão, que aproveitaram a “porranca” noroeste e caíram n’água.

Desktop22   Foto: Fernanda D’Addezio

Diversas modalidades estiveram presente, dentre elas o kitesurf , a vela e o windsurf. 

Na vela, seguiu o Campeonato Paulista de Microtoner que vinha acontecendo desde o dia 23 de maio na Guarapiranga.

Fotos e Vídeo: Fernanda D’Addezio

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Represa de Guarapiranga 360° – Tempo Wind Clube, São Paulo

Hoje, quando se fala em Windsurf não há quem não conheça o Tempo Wind Clube, situado às margens da represa de Guarapiranga. Local tranquilo, onde se pode estar longe (e ao mesmo tempo perto) da “maluquice” de São Paulo, e desfrutar um agradável dia. E claro, para quem curte vela, windsurf, kitesurf ou wakeboard, é um local com toda a infra necessária.

leandro - wind

Clique no link abaixo para visualizar o panorama (áudio disponível).
http://www.gugasiqueira.com/360/Guarapiranga_360.html

Fonte: http://www.gugasiqueira.com/360/Guarapiranga_360.html
Foto: Fernanda D’Addezio

terça-feira, 26 de maio de 2009

Abraço Guarapiranga 2009 vai acontecer no dia 7 de junho

O Abraço Guarapiranga 2009 vai acontecer no dia 7 de junho, encerrando a Semana do Meio Ambiente. É uma oportunidade para exercer nossa cidadania em benefício do manancial que abastece quase quatro milhões de pessoas em São Paulo. Da mesma forma que em anos anteriores, o Abraço Guarapiranga 2009 é aberto a todos e pretende reunir os moradores da região e consumidores de água como forma de expressar o carinho com a centenária represa, protestar pela situação de degradação em que se encontra e pressionar por mudanças que garantam a preservação das fontes de água.

Em sua quarta edição, o Abraço Guarapiranga vai reunir a população em torno da represa para aumentar a pressão por investimentos em ações de recuperação e preservação do manancial e analisar o que o poder público vem fazendo. Diversas atividades estão previstas além do abraço simbólico. Confira e participe!

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Abraço simbólico na Barragem, 2008.

A Represa de Guarapiranga abastece 3,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Apesar da importância para o abastecimento público, sua situação é preocupante pois é o mais ameaçado entre os mananciais que fornecem água para a maior metrópole do País. Sua bacia hidrográfica está ocupada de forma desordenada e apresenta em muitas áreas alta densidade populacional.

A população que vive ao redor da represa é estimada em 800 mil pessoas, e apenas metade dela conta com algum sistema de coleta de esgotos. Além disso, a maioria do esgoto coletado continua sendo despejado na represa, fazendo com que a qualidade das águas dos rios e a da própria represa piorem ano a ano. A Guarapiranga sofre ainda com o assoreamento de suas margens, diminuição do espelho d'água, desmatamento e uso intensivo do solo, ademais dos impactos gerados pela construção do Trecho Sul do Rodoanel.

A reversão do quadro de degradação da represa, portanto, não é uma tarefa de fácil ou rápida solução. Para tanto, é necessário o envolvimento permanente de diferentes segmentos do governo e da sociedade em ações integradas e efetivas, que valorizem e protejam a produção de água para abastecimento público. Neste processo, cada setor da sociedade tem sua respectiva parcela de responsabilidade. O papel do cidadão, consumidor de água, passa por usar o recurso de forma racional e pressionar o poder público para que assuma responsabilidades e invista em ações de recuperação e proteção do manancial. Exerça sua cidadania e participe.

Este ano, o abraço acontecerá em três pontos diferentes, como no ano passado. Veja abaixo:

:: Parque Ecológico da Guarapiranga
Estrada do Riviera, 3 286
10h – Concentração - Jardim Ângela
11h - Missa na Igreja dos Santos Mártires, Rua Luís Baldinato, 9
12h – Abraço às margens da represa no Parque Ecológico
:: Solo Sagrado
Estrada do Jaceguai, 6 567 - Parelheiros
10h – Concentração
Plantio de árvores
Feira de boas práticas
Dança
12h – Abraço simbólico às margens da represa
:: Barragem
Av. Robert Kennedy, altura do nº 1 170, em frente ao 102º DP
10h – Início das atividades
12h – Abraço
Diversas atividades culturais e recreativas

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Cultura no abraço Guarapiranga 2008.

Como chegar e demais informações de cada um dos pontos do abraço estão disponíveis em www. mananciais.org.br
Domingo, dia 7de junho
O abraço acontece às 12hs. Participe!

Fonte: Isa
Fotos: Fernanda D’Addezio

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Início do Campeonato Paulista de Wakeboard agita a Guarapa

São Paulo, maio de 2009 – Com um final de semana de muito sol e grande público presente, a 1ª etapa do Circuito Paulista de Wake 2009 teve início no Clube de Campo São Paulo, na Represa Guarapiranga. Uma semana após o mundial, atletas de todo o Brasil mostraram alto nível de manobras nas águas da Guarapiranga. No total 70 atletas competiram em 08 categorias: Mirim, Iniciante, Feminino Amador, Intermediário, Avançado, Open, Feminino Open e Profissional.

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Pódio da primeira etapa do Circuito paulista 2009 - Categoria Pro: venceu o atual campeão paulista e brasileiro, Luciano Rondi Neto, o Deco, em segundo ficou Marcelo Giardi, o Marreco e em terceiro Mario Manzolli. O atleta de apenas 16 anos e que fez sua estreia na categoria Profissional, Gustavo Machado, ficou com a quarta colocação.

Na Categoria Open, Matheus Schmidt ficou em primeiro, seguido por Marcelo Coutinho e Guilherme Sandoli. Na Avançado, o melhor foi Glaiderson Eder da Silva, segundo Leandro Pereira e André Neves em terceiro.

Guilherme Zetune faturou a primeira colocação na Categoria Intermediários, seguido de Luiz Ricardo Lazarini e Pedro Eduardo Porto Rosas.

A Categoria Mirim que revela o futuro do esporte, reuniu seis novos competidores, o primeiro colocado foi Victor Cadette Cordeiro, em segundo Yago Luiz Lazarini e em terceiro Luiz Augusto Kratz Queiroz.

Já na Iniciantes, Lucas Guimarães ficou em primeiro, Rodrigo Stroisch em segundo e Rafael Gonçalves Mendes em terceiro.

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Atletas Competidores

As mulheres marcaram presença em duas categorias no evento. Na categoria Feminino Open, venceu Camila Ortenblad, seguida de Andressa Videira e em terceiro Joana Marques.

Na Feminino Amador, Fernanda Martins ficou com a primeira colocação, em segundo Vanessa Jordão e em terceiro Flavia Pichler.

O atleta e organizador do evento, Mário Manzolli, ficou bastante satisfeito com a etapa de abertura do Circuito. “O evento foi muito bom, pois os atletas estão muito motivados a treinar e competir já que o mundial mostrou o nosso potencial para o esporte. Além disso, receber os representantes do esporte da Prefeitura de São Paulo foi de extrema importância”, afirmou.

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O evento ainda contou com a importante presença da equipe da Prefeitura de São Paulo como o Secretário Municipal de Esportes da Cidade de São Paulo, Walter Feldman, o Coordenador de Esportes Radicais da Secretaria de Esportes do Município de São Paulo Thiago Lobo e Flávio Jordão, presidente da Liga de Esportes Radicais. Eles falaram da importância de esportes como o wakeboard na Represa, “a Guarapiranga é a praia dos paulistanos, é um local ideal para lazer, esporte e diversão. A represa é um dos cartões postais da nossa cidade, mas muitos paulistanos nunca visitaram o local”, declarou Feldman.

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A primeira etapa do Circuito Paulista de Wakeboard teve como patrocinadores a Suzuki, Oakley, Wake na Veia e apoio da Revista Wake Brasil, Nob Multisports, Ativo.com, oradical.com.br, Masterboat e MWS.

A próxima etapa do Circuito Paulista de Wake acontecerá em setembro, no Naga Cable Park em Jaguariúna, primeiro Cable Park construído na América Latina.


Tootsie Roll + Mortal de lado com 360° + Slider + Back Lip

Fonte: http://www.wakebrasil.com

Fotografia e Vídeo: Fernanda D’Addezio e André

O adensamento das favelas

O aumento da população das favelas foi de 4% no ano passado, duas vezes superior ao crescimento vegetativo da população da cidade no período, conforme dados da Secretaria Municipal da Habitação.

A dificuldade da Prefeitura de acompanhar o crescimento das favelas até nas áreas mais nobres de São Paulo leva a duvidar muito da sua capacidade de frear a disseminação dos barracos em áreas de grande impacto ambiental, como as vizinhanças de mananciais, fundos de vales inundáveis, margens de córregos e encostas. Na bacia da Represa de Guarapiranga, estima-se em 200 mil o número de domicílios instalados - 40 mil despejando esgoto diretamente nas águas do manancial responsável pelo abastecimento de 4 milhões de moradores da região metropolitana de São Paulo. São áreas sem atrativo para as imobiliárias ou onde elas estão proibidas, por lei, de construir, e, por isso, sobram para as ocupações clandestinas.

Essas regiões acabam recebendo investimentos públicos nos processos de urbanização de favelas. O governo municipal anunciou, no ano passado, que R$ 1,7 bilhão seria aplicado no Programa de Urbanização de Favelas, no prazo de três anos. Desse total, R$ 842 milhões são do Programa de Aceleração do Crescimento; R$ 482 milhões, dos cofres municipais; e o restante, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Estado de São Paulo e da Sabesp. Mas será um esforço perdido, caso não se evitem novas ocupações. E é o que tem acontecido ao longo dos anos. Na década de 80, 1,89% da população brasileira morava em favelas. Em 1991, já eram 3,28%, o que revela crescimento de 70% em uma década, segundo o Censo do IBGE.

O financiamento habitacional bancário é para poucos. O investimento público em moradias é tímido e beneficia, no máximo, 5% da população. Quem consegue pagar aluguel se mantém nos bairros formais. Porém, estima-se que 50% da população do Município de São Paulo não dispõe de renda familiar suficiente para obter financiamento para moradia. Resta-lhes morar na favela, nos loteamentos clandestinos ou nos cortiços, opções que alimentam a desorganização urbana e a insegurança da população.


Fonte: Estadão

Depósito de carros em área de preservação ambiental é interditado

A cidade que tem a maior frota do Brasil não sabe mais onde guardar carros apreendidos. Os pátios estão lotados em São Paulo e o maior deles foi interditado por estar em uma área de preservação ambiental.

Vinte e cinco mil carros apreendidos estão empilhados no depósito que fica à beira da Represa de Guarapiranga, de onde sai a água que abastece quase 4 milhões de pessoas na cidade. O pátio funcionou durante seis anos. Só nos últimos três meses é que deixou de receber carros, depois da interdição pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

“É preciso saber se houve contaminação desse solo. Há indícios de que isso possa ter acontecido por vazamento de óleo e de outras substâncias”, diz a promotora Cláudia Fedeli. Mauro Scheer Luís, advogado do estacionamento, contesta: “não tem crime ambiental. Tudo isso, inclusive os carros, recebe um tratamento antes de entrar no pátio”, disse.

A discussão sobre o depósito à beira da represa levantou outra questão: o que fazer com os carros apreendidos? A cidade tem 14 pátios como o que foi interditado, todos particulares.

Os carros que eles abrigam foram encaminhados pela Polícia Civil que, por falta de garagens públicas, transferiu a responsabilidade para terceiros. Pela guarda, o dono do pátio ganha uma taxa de permanência, quando o carro é liberado. Mas não existem convênios, nem contratos entre os depósitos e o estado.

No caso do pátio da Guarapiranga, o funcionamento foi autorizado por portarias. Em uma delas, de 2003, o delegado argumenta que há acúmulo de veículos apreendidos, falta espaço na delegacia, falta segurança para impedir o furto de peças e é impossível de ter um pátio próprio. O uso do estacionamento particular seria em caráter excepcional e provisório.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) se comprometeu com o Ministério Público: para tirar os carros da área da represa, vai fazer leilões. Mas, antes, precisa saber o básico: quantos carros estão apreendidos em São Paulo, quais foram as circunstâncias da apreensão e quantos podem realmente ser vendidos. Estima-se que todo esse processo levará um ano até o primeiro leilão. Noventa dias serão necessários para fazer o levantamento.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou em nota que está em estudo a criação de dois pátios, que funcionariam em convênio com a prefeitura. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente não informou se o terreno onde fica o pátio está ou não contaminado.

Fonte: G1 - São Paulo

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Feriado de Corpus Christi: velejar na Cidade de São Paulo

Praticar esportes náuticos, windsurf ou aprender a velejar num final de semana prolongado, na Represa Guarapiranga, a 45 minutos do centro de São Paulo, é a opção para o Feriado de Corpus Christi.
A região desde 2008, recebe atenção especial da Subprefeitura com ações de recuperação e proteção do manancial, além de melhoramentos como a construção de ciclovias e maior fiscalização com relação ao Meio Ambiente no entorno na Represa Guarapiranga.
A Pêra Náutica, um centro de vela esportiva, localizada às margens da Represa, oferece serviços de locação de embarcações de vários modelos, com equipamentos de segurança incluso e assistência para montagem e colocação dos barcos na água. Conta também com ampla área de lazer, bar&café, estacionamento, sala de aula, vestiários, loja de equipamentos, guardaria para veleiros e windsurf. Aproveitando os bons ventos do final de outono, o Centro de Vela Esportiva Pêra Náutica vai realizar, neste feriado de Corpus Christi o Curso Básico Intensivo de Veleiro ou Windsurf com preços promocionais.
Programação: No Curso Básico Intensivo de Veleiro ou Windsurf, o velejador aprende a nomenclatura dos equipamentos, montagem, exercício de equilíbrio, posição fundamental, sair e chegar, orçar e arribar, as manobras bordo e jibe e os 8 nós mais usados pelos navegadores. As aulas são práticas e ministradas em grupo, porém cada aluno recebe instrução individualizada.
Infraestrutura: instrutor, colete salva-vidas e bote inflável para acompanhar os alunos na água, certificando que o aluno sempre esteja se divertindo, e aprendendo com segurança. Os equipamentos disponíveis para as aulas são: Optimist, Holder, Laser, Dingue, pranchas de windsurf e caiaques.
Duração: 12 horas, dividida em 4 aulas de 3 horas cada. As duas primeiras no período da manhã, das 10h às 13h e as duas seguintes à tarde das 14h às 17h. Inscrições com o atendimento da Pêra Náutica pelo telefone: (11) 55243553 ou por e-mail: atendimento@peranautica.com.br , das 9h às 18h.
Fonte: Portal Fator Brasil

GUARAPIRANGA - Palco de transformações sociais

Como fazer para despertar nossos jovens para conquistas, não só nos esportes mas também na educação, na saúde e no meio ambiente? Simples...através do próprio esporte, e acreditem, este projeto já está em prática através da Secretaria Municipal de Esportes, pelas mãos do seu Secretário, o médico Walter Feldman.
Neste programa estão contemplados esportes náuticos como remo e canoagem, que são oferecidos gratuitamente para crianças e jovens de 9 a 16 anos no projeto denominado Clube Escola, porporcionando a muitos um contato com a natureza que antes não era possível. E o local escolhido para essas práticas foi a Represa de Guarapiranga.
Nos últimos 30 anos, esse grande patrimônio líquido foi tratado com total descaso e abandono pelo poder público, que permitiu invasões em áreas de mananciais, corte maciço de árvores e a poluição das águas que chegam as nossas represas. Felizmente, agora estão em andamento projetos que podem, finalmente, reverter pelo menos em parte o que foi destruído e proteger o pouco que restou. Ao todo são 7 parques na orla, que vão preservar a área do entorno, trazer de volta verde que oxigena nosso ar, os animais que ali viviam e a possibilidade de contato do cidadão paulistano com este espaço.
Aliar este espaço saudável e bonito à práticas esportivas é proporcionar qualidade de vida aos nossos jovens , sem esquecer da educação. Segundo Feldman, "as crianças da região atualmente têm a possibilidade de praticar modalidades náuticas gratuitamente com o Clube Escola de Esportes Náuticos, instalado no Clube ADC Eletropaulo e com o Clube Escola instalado no CDC Iatismo. Nossa proposta é estimular os jovens que estudam nas escolas da área ao redor da represa Guarapiranga a entrar em contato com a canoagem, o remo, enfim, ao ambiente náutico. Para isso é feito também um controle do desempenho escolar desses jovens: só aqueles que frequentam assiduamente as salas de aula ganham a oportunidade de participar dos treinamentos dessas modalidades. Trata-se de um estímulo integrado ao esporte e à educação."
A represa pode ser palco de muitas atividades, como já foi no passado, e de outras tantas novidades não tão conhecidas do público. No último dia 22 de março em comemoração ao dia da água, aconteceu a 2° Travessia Aquática da Guarapiranga, uma prova de 1500 metros a nado. Mais de 500 atletas se inscreveram para o evento, que contou com a presença de autoridades.
"Nos últimos dois anos, posso assegurar que a Represa Guarapiranga vem sendo um dos palcos mais bem utilizados pela nossa equipe. Nesse período, tivemos a realização de duas edições da Virada Esportiva, sendo que ambas, foram promovidas ações que levaram os paulistanos a praticar atividades esportivas na Represa, como o iatismo, o remo, o jet-ski e até mesmo esportes de areia, como futebol e vôlei." - garante Feldman.
Bons ares finalmente circulam sobre a Guarapiranga: "Felizes são aqueles que têm consciência e a preocupação de preservar e lutar para massificar o ideal da Preservação do Meio Ambiente. Sabemos que esta é uma questão de importância central nos dias de hoje e que será a primeira prioridade em pouquíssimo tempo para todos os países."
O Secretário de Esportes se compromete a lutar permanentemente por esses ideais e pelas ações práticas que auxiliem na preservação da nossa cidade.
Fonte: Revista Viverde

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ecologicamente Correto: Primeiro Cable Park da América Latina é inaugurado em Jaguariúna

O empresário Pedro Paulo Caldas está revolucionando a prática de esportes aquáticos que utilizam esqui. Seguindo os modelos dos parques para a prática do Esqui Aquático e do Wakeboard da Europa, Canadá e Estados Unidos, ele inaugura em Jaguariúna (interior de São Paulo), o primeiro Cable Park da América Latina. Já são 240 parques como esse em 30 países. Será inaugurado dia 21 de maio, quinta-feira e aberto ao público dia 30 do mesmo mês.
O Cable Park permite a prática desses esportes por meio da substituição das lanchas por um sistema de torres e cabos suspensos, movidos por um motor elétrico, oque o torna ecologicamente correto (menos poluente) já que não usa combustíveis além de não haver poluição sonora.

Definido o calendário do Campeonato Paulista de Wakeboard 2009

Considerado o maior circuito reginonal do Brasil, o Campeonato Paulista de Wakeboard terá 3 etapas em 2009. A primeira será realizada nos dias 23 e 24 de maio no Clube de Campo de São Paulo na Guarapiranga, a segunda etapa, entre os dias 18 e 20 de setembro no Naga Cable Park em Jaguariúna e a terceira e última entre os dias 27 e 29 de novembro em Araraquara, que também será válida como a etapa final do Campeonato Brasileiro.
Fonte: EsporteSite