segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Algas na Guarapiranga na mira da Sabesp

 

A proliferação de algas na Represa de Guarapiranga, principal manancial que abastece a capital, que deixa parte da água tratada com gosto e odor estranhos, será alvo de ação da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). A companhia fechou uma parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e promete, daqui a um ano, implementar um inédito sistema de monitoramento para o controle da praga na represa.

A parceria, explica o superintendente de produção de água da empresa, Hélio Luiz Castro, prevê entre outros pontos a criação de um programa de computador para monitorar a presença das algas - invisíveis a olho nu. O software será alimentado, em tempo real, por sensores e boias que medirão a presença dos organismos na água e os locais onde isso ocorre. Um método matemático, que levará em conta a incidência de luz solar e temperatura da represa, vai indicar quais trechos da Guarapiranga tendem a ter mais algas.

A partir daí, segundo Castro, a Sabesp deve desenvolver medidas preventivas, como a diminuição do lançamento de esgotos e a intensificação da coleta de lixo na represa, além da aplicação de algicidas para matar os organismos, que se alimentam principalmente de dejetos.

"Isso não vai afetar a qualidade da água", garante. Hoje, o tratamento da água captada na Guarapiranga não consegue remover as sensações de gosto de terra e o odor de mofo causadas pelas algas, apesar de a Sabesp garantir que isso não causa riscos à saúde.

A empresa vai investir R$ 1,15 milhão na parceria com a universidade. Os estudos ficarão prontos dentro de um ano porque é necessária, segundo a Sabesp, a análise das chuvas e do sol na represa ao longo de todo o período.

Poluição

A presença de lixo nas águas é um dos principais problemas da Represa de Guarapiranga, que tem uma extensão total equivalente a 2.600 campos de futebol. No início deste ano, em fevereiro, os funcionários da Sabesp chegaram a retirar 1.000 sacos de lixo em um único mês da represa.

Para combater o problema com mais eficiência, o governo estadual investiu na compra de dois barcos 'cata-bagulho' para a represa, que aumentaram a capacidade de coleta. O lixo é trazido pelos cinco afluentes da Guarapiranga.

Fonte: SP Notícias

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